A utilização das técnicas de Zoneamento Agroclimático pode ser considerada fruto da investigação sobre as possíveis consequências da dinâmica e atuação de sistemas naturais sobre uma superfície que esteja sob domínio de um sistema de produção vegetal criado pelo homem. Tal dinâmica não se restringe apenas ao aumento da fertilidade e dos movimentos da água no solo, mas também aos movimentos atmosféricos, aos processos geomorfológicos e, principalmente, às repercussões socioeconômicas ocorridas nas áreas cultivadas, em especial, nas áreas rurais. Os estudos e realização do zoneamento agroclimático preveem a utilização de técnicas de cartografia e geoprocessamento, especialmente as técnicas relacionadas à cartografia de síntese, referindo-se à sobreposição das cartas climáticas. Com o avanço tecnológico da informática voltada à cartografia, tal sobreposição e criação de cartas-sínteses tornam-se possível por meio de softwares de geoprocessamento conhecidos como Sistemas de Informações Geográficas (SIG). À exceção de raras obras que tratam de metodologias pari passu para a criação dos zoneamentos, a literatura sempre aborda o tratamento geográfico por meio de softwares de forma superficial, não havendo um guia de utilização de softwares específicos que podem ser utilizados para esse tipo de pesquisa. Ainda, estão consagrados na literatura zoneamentos agroclimáticos de grandes monoculturas e/ou produtos de grande importância econômica em nível nacional, ficando os produtos de menor grandeza econômica, mas mesmo assim de grande importância, deficientes desse tipo de aplicação tecnológica.