Fazer um prefácio não é coisa fácil. Mais difícil ainda quando o autor é alguém como o meu querido irmão Reginaldo. Diplomou-se em jornalismo depois de casado e sua "veia" de escritor ficou hibernando até que, ao mudar-se para Vitória (ES), começou a fazer trabalhos de "fere lance" para um jornal local sobre o comércio exterior e portos e, mais tarde, resolveu nos presentear com suas memórias. Há mais tempo escreveu um ótimo livro sobre culinária, pois é exímio na arte de juntar ingredientes e proporcionar a todos excelentes iguarias. Depois escreveu "Está Nós" uma autobiografia. Este terceiro livro de Crônicas é uma delícia de ler e as narrativas nos transportam ao fato e nos fazem rir, chorar e perceber a beleza natural dos lugares por onde andou e viveu. Seu lado poético (certamente herdado de nossa avó Palmira, mãe de nosso pai) escreve bonito quando diz "acordar o sol", "a ilha de Bananal toma banho no rio Araguaia" e por aí vai. Inteligente, vivo, observador, sempre sonhando e querendo viver a vida a plenos pulmões conseguiu armazenar uma bagagem incrível e sua ânsia de viver plenamente me faz ter muito orgulho de ser sua Irmã. Alma simples, bom companheiro, vai driblando a vida com seu jeito maroto e perspicaz. Regis, as escolhas mesmo que erradas, trazem aprendizado e as oportunidades podem mudar nossos destinos. Admiro você por sempre ter conseguido voar nas asas da imaginação, por nunca ter tido medo de chutar o balde, de mudar radicalmente, de viver. Com Carinho Marilda. Marilda Horta Azevedo é a minha irmã mais velha o meu farol a minha segurança. Sozinha, dividindo casa e emprego, criou suas três filhas, formou-se em advocacia, por seis anos deu aulas em faculdade de matérias relacionadas a comercio exterior, e ainda por cima, gosta de mim.