Quando se fala das grandes navegações da humanidade, logo se pensa no período que fervilhou os séculos XV e XVI com naus de madeira, bússolas e sextantes. Porém, muito antes deste tempo havia um povo que já realizava incríveis façanhas marítimas no maior oceano da Terra, então desconhecido pelos europeus. O Oceano Pacífico é o berço dos maiores navegadores da Antiguidade: o povo polinésio. A principal ferramenta desta aventura foi sua típica embarcação, que hoje ganha o mundo na forma de esporte. Com uma leitura ímpar da natureza, esses velejadores do período da pedra polida entregaram-se a heroicas travessias oceânicas. De onde vieram e como desenvolveram suas técnicas de navegação são temas deste livro, que também traz relatos de desbravadores europeus da era da expansão marítima, de expoentes navegadores da modernidade e de transformadoras emoções experimentadas em remadas nos dias de hoje, quando travessias assumem uma curiosa simbologia que nos permite atravessar de um estado de consciência a outro. Em Vou de canoa, Luiza Perin, fundadora de projeto homônimo, lança seu olhar sobre a cultura polinésia e resgata muitas destas histórias com sabor de mar.