Mónica Ojeda tem sido reconhecida por seu modo peculiar de narrar o horror. Nesse sentido, em entrevista à jornalista Andrea Aguilar para o El país, a autora defende: a geografia determina a forma como se vê e como se conta o mundo. Este conjunto de oito contos parte da geografia avassaladora dos Andes equatorianos e aborda, impiedosamente, questões que passam pelas relações de amizade, de vizinhança e familiares em geral, atravessadas por elementos como a sexualidade, a violência, a dor, a vida e a morte.
Em Voladoras, encontramos criaturas que sobem nos telhados de suas casas e voam, terremotos apocalípticos, desejos inconfessáveis, segredos familiares e ancestralidade em profusão. Oito contos que se situam em cidades, vilas, charnecas ou vulcões onde a violência e o misticismo, o terreno e o celeste, pertencem ao mesmo plano ritual e poético. Aqui, Ojeda, uma das vozes literárias mais expressivas da sua geração, mobiliza a cosmogonia andina, também latino-americana, de modo surpreendente; e outra vez afirma: beleza e horror são dois lados de uma mesma moeda.
"Voladoras se tornou em tempo recorde um dos livros mais elogiados da imprensa, dos leitores e dos escritores."
Daniel Gigena, Página/12
"É estranha, quase contraditória, a sensação de estar lendo algo profundamente belo, mas que também dá medo e, em algumas ocasiões, é divertido. O conjunto é mágico no sentido mais literal da palavra."
Guillem Santacruz Gómez, Fundación Espacio Público