Em sua longa vivência de 87 anos Carlos, o personagem principal passou por experiências e circunstâncias ímpares. Durante a infância, numa região colonial do Rio Grande do Sul, às margens do Rio Uruguai, com tenra idade, ele foi incumbido de realizar algumas tarefas, como de tratar galinhas e suínos, descascar e debulhar espigas de milho, ajudado pela idosa avó materna. Nessas lidas e convivência com animais domésticos, aprendeu como eles se reproduziam e deduziu que criancinhas não vinham ao mundo trazidas por cegonhas, como diziam os adultos, mas semelhante ao que se dava com terneiros, pintos e cachorrinhos, elas eram paridas pelas mães, depois de elas copularem com os pais. Tendo estudado em colégios de Irmãos Maristas, foi induzido à crença religiosa que lhe causou muitas apreensões, por acreditar na Bíblia, céu, inferno e pecados contra a castidade. Teve várias namoradas, mas praticou sexo só quando adulto, quando se convenceu que as religiões foram inventadas por humanos e soube que sua avó paterna, cuja existência ele desconhecia (era tabu), havia traído seu avô, fugindo e se amasiando com um vizinho. Isso o fez refletir e debater questões da vida quotidiana com amigos e colegas. Quanto ao lazer, Carlos participou de pescarias em que aconteceram fatos inéditos, que redundaram em "inacreditáveis causos de pescadores". Abordando assuntos e questões variadas, o livro desperta a atenção e o interesse do leitor, com desafios do início ao fim