Esta obra é convite a um questionamento sobre a força e os sentidos das imagens que constituíam o contexto político do mundo lusófono, em especial quanto ao projeto do Império luso-brasileiro e do Brasil Império, cujos elos importantes são Lisboa e Rio de Janeiro da virada do século XVIII para o XIX.A autora reflete sobre processos de produção, cópia, impressão, circulação, uso, função, invenção, apropriação, fruição, estudo e significados de imagens, entremeadas por arte, ciência e técnica. Um universo impressionante de códigos e saberes emergirá diante dos leitores, que verão uma metamorfose da noção cultural de temporalidade; uma guinada subjetiva sobre o caráter e os méritos dos homens aptos à política constitucional; um modo de entender visualmente a natureza tropical e a emergência de uma nova economia visual. Verão, enfim, em meio aos processos de autonomização do Brasil, como as imagens moderavam o domínio da natureza e o governo dos homens.