Delirante epopéia pós-moderna, uma aventura californiana cheia de humor e lirismo surpreendentes. Em meio às ondas do terrível Tubo — a onipresente TV —, os olhos de uma cinerrevolucionária enlouquecem homens tão diferentes como o hippie Zoyd e o promotor Brock Vond.
Thomas Pynchon, o grande prosador da contracultura americana, o homem sem rosto e sem voz de cuja existência a imprensa às vezes chegou a duvidar, volta a abrir o seu baú de maquinações. Neste romance extraordinário, chafurdamos numa delirante e/pop/eia pós-moderna, cheia de humor rascante e surpreendente lirismo a contrapelo. Veremos como os olhos azuis de uma cinerrevolucionária — Frenesi, possível corruptela de "free and easy"— e seu desencontrado desejo enlouqueceram de paixão homens tão diferentes como o hippie Zoyd Wheeler e o promotor federal Brock Vond. E reconheceremos no talhe de muitos dos personagens vinelandianos as emanações catódicas do terrível Tubo — a onipresente TV. E talvez, ao fim da leitura de Vineland, partilhemos da curiosa conclusão de um de seus personagens: "A vida é Las Vegas". Ou não é?
"Se Vineland não fosse um livro seria por certo um seriado de TV, roteirizado por algum autor barroco tardio, hispano-americano provavelmente — o cubano Lezama Lima seria um forte candidato —, e dirigido por um Spielberg doidão de ácido e acendendo um baseado no outro ao longo de seus infinitos capítulos." — Reinaldo Moraes