Uma criança no auge de seus dez anos começa a sentir os sintomas de uma vida
adulta em contraste com a sua vida de infância. O menino sente uma transição de
fase e o distanciamento dos pais que, embora no início não deem muito atenção a
ele, aos poucos vão estreitamento a relação de proximidade e o leva a
compreensão de uma vida diferente daquela que até então vivera. O garoto na
relação com os pais, sua professora, sua tia, seus colegas e sociedade que vivia
aprende novos conceitos da vida, como responsabilidades, prazos, produção,
trabalho, individualismo, sustento, preços, mercadorias, concorrências, bens,
dinheiro, prazeres, prosperidade, publicidade, propaganda, interesses, lucros,
prejuízos, desperdícios, cultura, sociedade, experiências, economia, desejos e
demais conceitos muito frequentes da vida adulta. À medida que o menino
amadurecia em sua compreensão via tudo atrelado ao modelo consumista de vida.
O garoto passa a conceber a vida em torno do consumo e o romance se divide em
quatro consumos principais (capítulos): do tempo, dos preços (bens), da fama
(publicidade e propaganda) e o dos recursos naturais (meio ambiente). Entre o
viver o presente (infância) e o futuro (fase adulta) ele reclama pela participação
incisiva dos pais na fase de sua infância e demais momentos importantes de sua
vida, inclusive com a ajuda de sua tia. Embora a estória não aponte para um
antagonista específico, durante vários momentos a criança vê antagonistas da sua
"liberdade" de infância, cuja vida é vista com mais simplicidade.