O diálogo necessário com a natureza, até então, desde o paradigma científico-moderno, reduzida a recurso natural, objetificada e mercantilizada, deveria ser o objetivo comum dos atores dessa odisseia. Porque a vida na Terra, hoje, é uma aventura de risco. Infelizmente, não compartilhado, porque o modelo de desenvolvimento que temos é socialmente injusto e moralmente insustentável. E para que esse diálogo possa existir e se concretizar, de fato, a comunicação entre os atores em cena é uma das ferramentas possíveis de transformação. Estado, Mercado e Sociedade Civil estão em um conflito. No limite, não haverá vencedores. A vida é sistêmica, uma teia de inter-relações que se cria e recria em novos processos continuamente. Contudo, apesar de resiliente, é frágil. E quanto mais cedo a comunicação entre esses atores for realmente efetiva, em direção a um futuro comum e sustentável, mais chances teremos de vislumbrar um novo mundo possível. Não é ainda o que nos mostra a realidade, o diálogo mal começou. Falta ainda um novo sujeito político que introduza nessa equação a força necessária para a mudança. Consciente da grandiosidade da vida e da própria força em exigir dos demais atores aquilo que deseja.