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Vida social no Brasil nos meados do século XIX

Vida social no Brasil nos meados do século XIX

Sinopse

O livro Vida Social no Brasil nos Meados do Século XIX guarda lugar de destaque na vasta obra do sociólogo Gilberto Freyre. O texto corresponde à versão em língua portuguesa do trabalho de mestrado do jovem Freyre, apresentado na Universidade de Colúmbia, em Nova York, Estados Unidos, no início dos anos 1920. Foi a partir deste primeiro texto que Freyre escreveu sua obra-mestra, Casa-grande & Senzala, publicada em 1933. Em Vida social no Brasil nos meados do século XIX, o jovem Freyre já esboça as ideias principais que fariam parte de seu livro mais famoso e de suas reflexões posteriores, como a predominância do patriarcalismo tanto em áreas rurais quanto urbanas, o alto grau de miscigenação da população brasileira, a forte presença da Igreja Católica no cotidiano e a concentração do poder político e econômico nas mãos de uma elite. Além desses temas apontados pelo jovem pernambucano, outros como a culinária, o vestuário e as condições de saúde e de higiene do povo brasileiro são visitados por ele, numa abordagem teórico-metodológica que o distancia da história factual e o aproxima da história do cotidiano. Para elaborar a reconstituição histórica da vida social no Brasil nos meados do século XIX, o autor utilizou largamente os livros de viajantes estrangeiros que estiveram no Brasil durante o período, anúncios de jornais da época e arquivos pessoais de famílias tradicionais do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Bahia. Além disso, o leitor deste livro notará claramente que seu autor possui uma relação íntima com o passado que é objeto de sua análise. Em Vida Social no Brasil nos Meados do Século XIX, Freyre aborda o universo da sociedade brasileira pós-Independência em seus meandros, incongruências e desafios, ensaiando habilmente os primeiros passos de uma marcante interpretação do Brasil.

Autor

Nasceu no Recife (PE), em 1900. Iniciou seus estudos no Colégio Americano Gilreath e completou a sua formação nos Estados Unidos, onde frequentou as universidades de Baylor (Texas) e Colúmbia (Nova York). Retornou ao Recife em 1923, passando a exercer diversas atividades no âmbito da cultura e do ensino no Brasil e no exterior. Ocupou o cargo de deputado federal (entre 1946-1950), quando criou o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais. Dedicou-se aos estudos sobre cultura e sociedade brasileiras, organizou congressos e realizou diversas conferências. Fez carreira acadêmica, de artista plástico, jornalista e cartunista no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Manteve, porém, uma grande ligação com Pernambuco, em especial Olinda e Recife. Com o livro Casa-Grande & Senzala, publicado em 1933, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia. Ao invés do registro cronológico de guerras e reinados, ele passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, manuscritos de arquivos públicos e privados, anúncios de jornais e outras fontes até então ignoradas. Usou também seus conhecimentos de antropologia e sociologia para interpretar fatos de forma inovadora. Freyre recebeu diversas homenagens. Entre elas, em 1962, o desfile da escola de samba Mangueira, com enredo inspirado em Casa-grande & Senzala. Foi doutor pelas Universidades de Paris (Sorbonne, França), Colúmbia (Estados Unidos), Coimbra (Portugal), Sussex (Inglaterra) e Münster (Alemanha). Em 1971, a rainha Elizabeth 2ª lhe conferiu o título de Sir (Cavaleiro do Império Britânico). Seu livro Casa-grande & Senzala está entre as obras essenciais para o entendimento da identidade brasileira. Freyre faleceu em 1987, aos 87 anos.