Esta biografia, como já indica o título (Vida e Obras de Waldir Onofre), faz um paralelo entre a obstinação artística de Waldir Onofre com sua vida íntima, particular; até ao ponto em que ela será identificada dentro de suas obras. E é dentro deste prisma que esta obra também pode ser considerada uma psicobiografia, pois traz uma perspectiva psicológica para estes encontros das razões. Seu desígnio honroso às suas frustrações persistentes, atrás de mudanças, será identificado, em determinado grau, nas teorias da comunicação como um ser que faz a verticalização da cultura regional à cultura de massa. Waldir Onofre introduz nos meios uma cultura apagada, esquecida, praticamente camuflada da sociedade brasileira; um retrato da vida cultural suburbana. A incrível determinação desse ser, em dar visibilidade à sua região, faz com que se torne, historicamente, um midiático de extrema importância para as narrativas suburbanas. Esta obra, segundo a avaliação literária, "é mais do que uma biografia; é um manifesto cultural, uma celebração da resiliência e do poder da expressão artística". De certa forma, vem aquecendo as estruturas narrativas biográficas para determinadas vertentes, neste caso, entre as artes e os meios.