Nesse Vermelho, Sangue Escarlate, o "poeta" avesso também "beija e morde o que vê": osso colosso das grades de nós e das cidades. Poemas-homenagens, jogos de linguagem, ritmo, musicalidade, cantos das calçadas. O lírico e social. O devir e o porvir. Sangue Escarlate. "Ópios, édens, analgésicos." O sangue escorre metaforicamente entre tons diversos. Carícias e ladrilhos. Cacos e estilhaços. Duas manhãs. Terceiro tom? Travessia com Batons, Eucaliptos e Aspirinas. Bocas se tocam, se procuram e se devoram. Aurora. O fazer poético. O difícil e necessário fazer poético. Poetas do mundo, uni-vos! Lentes e binóculos. A palavra. Palavra expressão. Palavra ação. Palavra, pois não. Entre. Não perca a viagem. Vermelho. Timbres que ecoam. Caleidoscópios. Vermelho, Sangue Escarlate é um canto em voo. Um ruflar das asas quebradas. Uivantes ventos. Som espremido do "poeta avesso" que chora. Que teima. Que sofre. Que grita. Poeta paradoxo que escuta o choro ardoso e a pulsante flor da noite. Poeta entre aspas sempre avesso pro outro dia. Avesso poeta que morre e "desmorre" a cada canto enquanto no peito ruflarem tantos entretantos. Vermelho, Sangue Escarlate é sol sustenido, amigos. Braços abertos pro abraço. Verso é sangue. Volúpia ardente. Percorre o caminho. É Sangue. É Vermelho. É Escarlate. Percorre a Travessia. Falece e desmorre antes mesmo que nasça. Sangue que anuncia e pede:
—Travessia Poética, "amanheça, por favor".