Esta obra, como se propõe, é uma reunião que engloba poemas já publicados e inéditos. Trata-se de uma mostra do trabalho de um escritor que passeia, com maestria, por diversos temas. Com cançães-poemas, voz popular, ironia fina e um excelente humor crítico, Paulo Goudinho mostra-nos os vários ângulos de um escritor da literatura piauiense. Velhos poemas novos remete-nos a um universo único, íntimo e, ao mesmo tempo, muito coletivo. Na primeira parte, vamos encontrar o riso nas coisas mais comuns à nossa existência imersa num lugar social, bem como naquelas sérias demais para serem ditas de forma tão crua; já na segunda parte, a agonia de ser poeta é traçada em cada verso, encaramos o balanço entre a delicadeza do dom e a força do poder da escrita; na terceira parte, podemos sentir a união perfeita entre música e poema bem equilibrada entre os dons de um artista múltiplo; na quarta, temos recorte de poemas-pedaços da vida do autor que estavam bem guardados, mas, enfim, desvelados de uma forma que encanta e também provoca, e, por fim, na última parte do livro, nos deparamos com poemas pendurados nas cordas da precisão e da beleza da arte popular, uma saudação ao gênero literário que representa muito bem o nosso Nordeste.