85º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , todos eles publicados no Clube de Autores, exceto Poeticamente teu , da Coleção Prosa e Verso 2019 da Prefeitura de Goiânia; Alguns trechos: "Depois do vendaval que nos separou, / Levando consigo histórias e destinos, / Como limpar a bagunça que o vento deixou, / E junto esquecer os nossos desatinos?" "A vida virou essa esquisita colcha de retalhos, / Estranho mosaico de dias tristes e cinzentos, / Observando o Sol se esconder no horizonte, / E a noite achar meu coração em frangalhos, / E a alma despedaçada, ao sabor dos ventos, / À espera de notícias suas que alguém me conte..." "Meu mundo era repleto de magia, / Pássaros cantavam pelas ravinas, / Anjos voavam em sua companhia, / E o vento soprava pelas esquinas..." "Aquela voz que veio do passado / Deixou-me até meio grogue, / Pelo amor ter me mandado recado, / Mesmo sem usar o meu blog!" "A solidão me espreita / Do lado de fora da janela, / Nessa ilusão desfeita / Na noite imensa sem ela..." "Procurei no Google algum verbete sinistro, / Mas nem na nuvem fiquei sabendo, / Mesmo no dicionário não existe registro / Se algum fogo nela anda ardendo!" "Pensava que tu estavas tão distante, / Mas não deves estar tão longe assim, / Senão, como é que esse vento mutante / Trouxe a tua voz suave de volta pra mim?" "Façamos valer a pena cada minuto, / Esqueçamos o angustiante correr das horas, / Desarmemo-nos, em nosso último reduto, / Antes que surja a mais triste das auroras..." "Talvez eu não te ame mais, / O amor pode ser tão volúvel, / Barcos do amor vivem deixando o cais, / E por que não voltam, é um mistério insolúvel!" "E aquele amor incrível / Tão tristemente morreu / Tornou-se tão desprezível / Que até o vento o esqueceu" "A verdade que não quer parar / É que eu te amo / Essas lágrimas aqui a rolar / Por ti derramo" "E para todas as pessoas você encobre / Que não seguiu de um amigo o conselho, / E não soube guardar o seu bem, / Pois finalmente um dia você descobre: / Solidão é quando você se olha no espelho / E não vê ninguém..." "Poetas adoram paixões solitárias, / Quase nunca correspondidas, / Pelas quais vivem compondo árias, / Em seus tristes simulacros de vidas..." "Ah, Poesia, como queres que eu mude? / Perdoa-me por não te esperar, / Pois, mesmo antes que tu voltasses, / Escrevi um réquiem para poder enterrar / O sonho que morreu antes que retornasses..." "Ah, Poesia, o que fizeste? / Conta-me o que faço agora, / Depois de tanto amor que trouxeste, / Por que a deixaste ir embora?" "Talvez você pense que é tudo mentira, / Essas aventuras que conto em meus versos, / Mas saiba que nem tudo é invenção de minha lira, / Pois a Poesia navega entre milhões de Universos..." "E depois, joguei as cinzas ao vento, / Para se espalharem pela cidade, / E, para encerrar, escrevi esse lamento / Por meus últimos dias de felicidade...