A urolitíase canina e felina constitui-se em uma das principais causas de formação de cálculos urinários, que podem ocorrer desde a pelve renal até a uretra. É uma enfermidade multifatorial complexa de grande importância na clínica de pequenos animais e que pode levar a obstruções. A abordagem e o tratamento das urolitíases são desafiadores, devido a diversos fatores que contribuem para a saturação da urina por solutos e à formação e agregação de cristais. Estes cálculos formados alteram a fisiologia do trato urinário, variando conforme a sua composição. Os urólitos são classificados de acordo com a composição dos cristais. Conhecer a composição do urólito é importante, já que os métodos modernos de detecção, tratamento e prevenção são baseados principalmente nessas informações. Os urólitos mais encontrados em cães são os de oxalato de cálcio e fosfato amoníaco magnesiano (estruvita). Os sinais clínicos variam entre si, sendo os métodos de diagnóstico mais utilizados a ultrassonografia e a radiografia simples ou contrastada. Entre os fatores predisponentes são citados a ocorrência de infecções do trato urinário, variações no pH urinário, fatores hereditários, endocrinopatias, tipo de dieta e pouca ingestão de água.