Na oração que fez ao Pai na noite em que foi preso, Jesus deixou explícita a sua vontade: que todos os seus discípulos vivam em unidade. Mais que isso: que vivam em unidade perfeita (Jo 17.23). No entanto, a cristandade parece ter abraçado as divisões e o sectarismo como padrão aceitável e dado as costas para o desejo patente do coração do Senhor: que todos os cristãos sejam um, como ele e o Pai são um. O resultado é uma igreja autofágica que, embora bem-intencionada, vive esfacelada, marcada por isolacionismo denominacional, separatismo doutrinário, guetificação teológica, senso de superioridade ideológica e uma incapacidade de diálogo que em nada tem contribuído para o avanço do reino de Deus. Será que é isso mesmo que Jesus espera de nós? Em Unidade perfeita, onze autores de diferentes linhas do cristianismo refletem sobre os benefícios que advêm da unidade do corpo de Cristo e os malefícios decorrentes do sectarismo em áreas que vão desde a santidade pessoal e a influência da igreja na sociedade até os esforços missiológicos, acadêmicos e evangelísticos.