Este livro parte de uma intuição: caso pudessem conversar, o filósofo alemão Hans Jonas e o Papa Francisco não só teriam muito a dizer um ao outro, como partilhariam muitas preocupações em relação à atual crise ambiental que abala a nossa civilização. Ambos reconheceriam que têm uma tarefa comum e que ela envolve temas tão diversos como a ecologia integral, a justiça ambiental, a tecnologia e seus desafios éticos, a preocupação e a responsabilidade com o futuro, o papel da religião, das ciências, da teologia e da educação, a autenticidade e a vulnerabilidade da vida, os rumos do pensamento e da ação ecológica, os desafios políticos e a autogestão social, o humanismo fraco, a visão sobre os animais e as plantas, entre outros. Essa lista serve como orientação para que pensemos esse diálogo que, embora possível, não aconteceu, mas que os quinze capítulos deste livro pretendem possibilitar. Esse esforço, como se vê, não é ocioso. Ele traduz o empenho de todos/as que se reúnem em torno do pensamento de Hans Jonas e servem-se dessas intuições para assumir, na teoria e na prática, essa tarefa que é comum porque é de todos e todas nós.