É possível torcer de verdade pelo seu time de futebol sem insultar o adversário? Sem ofender a mãe dos outros? O que se faz no estádio potencializa atitudes que depois iremos repetir "lá fora", ou "alivia" a vontade de sermos violentos no cotidiano? Com o auxílio da noção teórica de pedagogias das masculinidades, e tomando o ritual das partidas como um currículo que produz de modo simultâneo torcedores e homens, este livro oferta elementos preciosos para pensar essas questões. A análise toma como lócus as novas arenas de futebol do país, e os regramentos que acompanharam a Copa de 2014, discutindo-as em sintonia com a lógica de "modernização" do futebol.