Com textos de Drauzio Varella, Fernando Gabeira e Fabio Feldmann, Uma história das florestas brasileiras ganha capa assinada por Sebastião Salgado e mais três fotos de sua autoria que ilustram desde o dia a dia dos povos indígenas à exuberância das matas brasileiras.
A destruição de florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil é decorrência do tipo de desenvolvimento imposto desde a colonização do país, cuja expansão econômica se deve, principalmente, à exploração de recursos naturais. Mas esse suposto desenvolvimento tem trazido, no longo prazo, vantagens econômicas e sociais para a maioria da população? Cabe a quem impedir que a ocupação do território seja feita de forma cada vez mais agressiva ao meio ambiente?
Para responder essas e outras perguntas, Zé Pedro de Oliveira Costa apresenta neste livro um panorama detalhado sobre as diferentes etapas da ocupação do território brasileiro a partir da derrubada de sua vegetação original. O autor foi o primeiro secretário do Meio Ambiente do estado de São Paulo, professor da Universidade de São Paulo por quarenta anos e hoje atua como pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade da Califórnia. Além de um dos organizadores do Sistema Ambiental brasileiro, Zé Pedro é um dos grandes responsáveis pela criação de parques e outras áreas protegidas de grande dimensão do país, tendo cravado muitas delas na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Em Uma história das florestas brasileiras, acompanhamos desde a derrubada das matas litorâneas para a implantação dos canaviais, no século XVI, até a acelerada destruição da floresta amazônica no século XX. Chegamos ao século XXI com uma fúria destrutiva crescente sobre as florestas. O autor alerta sobre as consequências da devastação ao mesmo tempo que aponta caminhos para um futuro ecologicamente promissor, no qual intervenções à natureza serão realizadas com respeito aos indígenas, à fauna, à flora e às comunidades tradicionais que habitam, trabalham e vivem das matas. Mas são necessárias ações severas e imediatas de preservação. Caso contrário, os efeitos da intervenção humana sobre o meio ambiente serão irreversíveis.