Em Uma civilização centrada na criança, Laura Gutman mostra como restaurar o equilíbrio social perdido
Há muito tempo, a civilização perdeu a conexão com sua verdadeira natureza. Fomos criados para criar um vínculo espontâneo com o meio ambiente, com respeito e equilíbrio suficientes para viver em harmonia. No entanto, hoje estamos completamente perdidos. Criamos guerras desnecessárias, violência, maus-tratos, doenças e sucumbimos diante das angústias. Laura Gutman, autora do best-seller A maternidade e o encontro com a própria sombra mostra em Uma civilização centrada na criança como é possível mudar esse cenário.
Gutman não deixa de enfatizar que as mudanças necessárias para produzir um novo contexto de amor e apoio dependem de cada um de nós. Então, especificamente, o que podemos fazer? Podemos e devemos nos voltar para as crianças, o guia mais confiável. Trata-se de retomar o "caminho original", retornar à fonte, à raiz. E as raízes do conhecimento e do próprio ser humano são as crianças. Filhos que já existem, que ainda nascerão e aqueles que já fomos.
Laura Gutman parte da premissa de que as crianças já nascem em equilíbrio consigo mesmas e chegam à vida terrena sem linguagem, sem cultura, sem juízos de valor, sem preconceitos, sem medo. Elas querem apenas se desenvolver em harmonia com o próximo. Portanto, para que uma sociedade seja realmente equilibrada, harmônica, respeitosa, solidária e benéfica para todos, ela deve estar centrada na criança. Ou seja, organizada de acordo com as necessidades dos pequenos, sendo mais fácil e feliz para eles.
Em Uma civilização centrada na criança, a autora apresenta propostas concretas para a criação dessa sociedade, sempre voltadas para o bem-estar original do ser humano. E, para tal, Gutman destaca a importância dos primeiros vínculos, ou seja, a relação respeitosa e amorosa entre adultos e crianças.
Uma civilização centrada na criança busca fortalecer a confiança na natureza institiva de cada criança, para assim recuperar o bom senso, a alegria e a prosperidade. E, acima de tudo, recuperar a capacidade de amar os outros.