As discussões sobre políticas linguísticas, envolvendo línguas de sinais, são algo pouco familiar àqueles que pesquisam e elaboram políticas linguísticas de maneira geral (REAGAN, 2010). Da mesma forma, é ainda uma temática pouco discutida na educação superior entre alunos e professores surdos ou ainda nas instâncias superiores, locais de inúmeras tomadas de decisões políticas de uma instituição de ensino. Mesmo com uma discussão incipiente, percebe-se, dentre outras coisas, que a relação de poder que a língua portuguesa exerce sobre a Libras pode prejudicar a garantia de direitos linguísticos dos surdos. Por que isso acontece? Como isso acontece? As experiências que os surdos já trazem ao longo dos anos podem responder a esses questionamentos e apontar um novo olhar sobre as políticas linguísticas na educação superior: um olhar surdo. Esta obra apresenta os posicionamentos de professores e alunos surdos em relação às políticas linguísticas da universidade e traz reflexões que visam contribuir para mudanças na área acadêmica.