Xerxes tem um grave problema: seu cérebro não retém fatos recentes. Cinéfilo patológico, relaciona tudo o que vive a filmes e novelas de que se lembra. Por orientação médica, exercita a memória escrevendo sobre sua antiga paixão pelo futebol, detendo-se na trajetória da Ponte Preta em 1977. Enquanto isso, ele se envolve na busca de um boticário desaparecido num obscuro vilarejo perdido no tempo.
Alternando pontos de vista narrativos, o ritmo e a linguagem pop amarram o leitor ao atormentado protagonista em sua alucinante viagem ao tempo, reescrevendo a mítica decisão de 1977 e revivendo filmes e novelas clássicas dos anos 70.