As relações entre o Reino Unido e o Império Otomano foram marcadas, no século XIX, por proximidade. Londres manteve, durante décadas, a consciência de que a preservação do sultanato otomano era fator essencial para as vontades e interesses nacionais. Entretanto, o início do século XX indicou um distanciamento desta mentalidade e a eclosão da Grande Guerra marcou o abandono oficial de que o governo deveria proteger a integridade territorial otomana ao máximo. Ao final da guerra, a questão do tratado de paz se interpôs entre as preferências acordadas, durante o conflito, entre os Aliados, e o sultanato se viu inserido em um processo de barganha que culminaria numa decisão que este deveria simplesmente aceitar. O intuito deste estudo é captar se, neste processo, a continuidade do sultanato como modelo de Estado ??turco?? foi algo naturalmente planejado pelo Reino Unido e seus Aliados nas negociações secretas anteriores ao Armistício de Mudros e nas conversações que se estenderiam até 1920 e culminariam no Tratado de Sèvres.