O TEMPO Percebi, rolava rosto abaixo. Emudeci. Qual visão me trairia, Nessa versão surreal? Gastei o tempo sem saldo Devi. Cobra-me, o cabelo branco! As rugas me penhoram. Há querência, saudade antiga, Morta. O que importa á essa velha demente, Voltar ao renascente? A vida se reserva ao tempo. Temporal. Inconstante, seguindo as luas, Nesta via marginal. Dei por mim, rolava o rosto. Entorpecido. Distante da face do menino, Que me conheci anos atrás.