Livro fruto da pesquisa base para minha tese de doutorado em Ciências Sociais, partiu de um estudo de caso etnográfico sobre os arranjos coletivos, sociabilidade, ocupação do espaço e identidade dos jovens integrantes do grupo urbano Capa Preta, cujo estilo derivado do gênero musical rock constitui um conjunto de elementos que dão suporte a um modo de vida específico. Os referenciais teórico-metodológicos utilizados foram o Estudo de Caso e a Etnografia Urbana em interlocução com ideias de etnógrafos que enfocam os estudos com temáticas sobre grupos juvenis urbanos, a priori, trabalhei com a categoria de analise "pedaço", (MAGNANI: 2000) referente ao locus de encontro e como se organizam os atores da pesquisa. O trabalho de campo foi desenvolvido durante três anos e meio em lugares frequentados por eles. Objetivei mapear as diferentes formas de sociabilidade construídas por esses atores sociais e elucidar como seus arranjos coletivos e suas categorias nativas expressam uma perspectiva específica sobre urbanidade e suas fronteiras, adensando a Teoria Social sobre Cidade e Sociedade, no que tange à formação de subculturas. As categorias nativas – Na veia, Na Veissima e Fantasias –, como objeto central de análise, permitiram desvendar um sistema de alianças, que alicerçam a construção de noções coletivas de pertencimento sobre as segmentações e classificações dos espaços urbanos. Analisei os valores do estilo Capa Preta: de ser, viver e conviver.