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Tratado Do Surrealismo

Tratado Do Surrealismo

Sinopse

O surrealismo é uma fonte enigmática inesgotável que vem desde o princípio das coisas, e se estenderá para sempre ao eterno. Sua beleza e responsabilidade assumem um alto compromisso para com o homem e a arte, numa busca imortal de novos valores. Essa academia oculta de ciências e artes; que está excepcionalmente instalada no raciocínio humano, dando-lhe condições de se elevar ao mais alto cume de duma vocação de criar e modificar, obras artísticas e científicas – e através de análises e mergulhos, ao mais profundo íntimo da invisibilidade, trazer ao mundo visível, obras excelentes, incontestáveis! A vocação surrealista é constituída por decreto divino injetado no indivíduo desde o seu nascimento, por uma virtude tal e qual – que sua elasticidade consegue se esticar até o mais intelectual dos homens e ao mesmo tempo se abaixar ao mais humilde dos humanos: pois penetra ao mais longínquo íntimo da alma para extrair essências apreendidas no campo invisível; e logo então, trazê-las para o mundo visível numa maravilhosa adaptação à vida. O surrealismo assume um alto compromisso para com o homem e a arte, numa busca imortal de novos valores: sua fonte tem se instalada através de seus procuradores, em todos os povos de diferentes línguas e épocas – operando sinais, decifrando enigmas das almas e da própria fonte. Essa fonte exerce uma função de iluminar o mundo; e até mesmo o mundo das ciências, com inúmeros eventos que tem nos proporcionado beleza e conforto! Considera-se, quem o surrealismo é uma faculdade de poder absoluto, instalada no campo invisível da alma do seu procurador, já com os projetos em espera... O que danifica muitas vezes, uma boa construção de arte ou invento científico – é o desleixo do portador, ou pior que isso: a falta de recursos financeiros. Em tudo isso, gera-se um desvio para a tal realização. O surrealismo é uma fonte que não esnoba conhecimentos! Pois seu testemunho é veraz na alma dos procuradores (de todos os gêneros) – sua missão é a de energizar o procurador para que ele assuma uma posição de representá-la no mundo visível, através de suas obras. Mas para isso é necessário subir... E mergulhar no mais profundo íntimo da alma, buscando aquilo que vai além do realismo humano. Antigamente... os artistas derramavam suas almas duma forma maciça! De maneira que o fabrico de suas obras inalava as tristezas de si e de outras almas observadoras; de cultivadores que realmente estivessem interpretando a intenção de cada obra. Creio que hoje em dia isso não é assim – porque se tornaram máquinas de fazer dinheiro, se desviando do perfeito afinco da fonte, para dar aos consumidores aquilo que exigem! _ desvirtuaram-se. A falta de virtude rompe a vocação nativa (que é aquela trazida desde o berço) e o indivíduo avança-se aos ares, para capturar novas fontes de inovações e com isso abraça espíritos estranhos que se enxertam a fonte original – conclui-se aí (uma fonte integral). Os curiosos que estudam pelo plano visível politizam contra a sabedoria nativa; mas o olho carnal não tem como alcançar tal luz! ... esses leigos agem por impulsos de grandezas humanas, por isso são cegos e não compreendem que as coisas invisíveis são mais excelentes do que as aparentes; mas os que têm ambos os lados, discernem muito bem cada coisa no seu lugar. Os artistas e cultivadores de arte; são conscientes de que essa preciosa fonte, penetra desde o alicerce ao mais sofisticado acabamento duma obra, com seus adornos inimitáveis! Os leigos não compreendem certos valores que são encontrados em certas obras de arte. E mesmo os especialistas, que são peritos num determinado gênero de arte, não podem responder com precisam os valores de outros gêneros.