O Trauma-raquimedular (TRM) é uma patologia que afeta drasticamente a qualidade de vida dos pacientes acometidos, possui alta incidência e ocasiona um alto custo para a sociedade. Os tratamentos existentes são apenas de cunho paliativo, não sendo capazes de reverter o dano neurológico ocasionado pelo trauma. Em função disso, é necessário investigar novas terapias que busquem soluções mais efetivas. Nesse intuito, após estabelecer um modelo de lesão in vivo, buscamos, não somente, comparar o transplante de células mononucleadas da medula óssea (CMMO) com controle de veículo, como também analisar o uso de duas vias de administração celular diferentes (intraparenquimatosa ou direta e subaracnóidea) com janelas de tempo de transplante também distintas (48hs e 9 dias após a lesão). Os animais foram avaliados quanto à função motora, através da escala de BBB, quanto à presença de CMMO na lesão, por meio de PCR, e quanto ao tamanho de lesão, através de técnica histológica. Nossos resultados demonstraram uma melhora da função motora no grupo tratado com 2 transplantes de CMMO pela via subaracnóidea e que estas células podem migrar para a lesão quando transplantadas por esta mesma via. A análise histológica revelou que o tamanho de lesão no grupo tratado com CMMO pela via direta era significativamente maior do que no grupo tratado com CMMO por punção lombar.