Utilizar um sistema de transporte de última geração, com novidades tecnológicas oriundas de países do primeiro mundo, para uma população acostumada a ver em suas ruas, carroças puxadas a cavalo, não foi de todo fácil. Tínhamos a ideia de um transporte elitizado, pois o valor da tarifa não era para todos, também pensávamos em Metrô como um passeio de domingo. Ao o utilizarmos, como real meio de locomoção, de ligação, como instrumento de trabalho, passamos das cavernas para as galáxias. Neste caminho indomável da transformação tecnológica, tivemos que aprender, via milagre econômico e o declínio do militarismo, a ascensão das ideias democratizantes dos anos 80 com as diretas, a utilizar esse magnífico sistema de interligação de extremos e longínquos lugares, com suas nuances de modernismo e exclusão social imobiliária, na vanguarda de um país ferroviário, nos transformamos em pioneiros do sistema de transporte metroviário de última geração. Aprender, apreender e repassar conhecimentos para essa mesma população foi uma grande viagem, com altos e baixos onde, o resultado esperado foi alcançado, as expectativas de expansão, mesmo em ritmo lento, estão sendo alcançadas e os pontos mais distantes desta metrópole estão se interligando.