A obra "Tradução, Ensino e Formação de Professores de Línguas Estrangeiras" traz, inicialmente, uma reflexão sobre a prática da tradução como exercício elucidativo comparado ao ato de sair da caverna, uma alusão à alegoria de Platão. Depois, o livro apresenta um percurso histórico sobre as perspectivas teóricas da tradução desde Cícero e Horácio até os dias atuais e mostra que a perspectiva mais pertinente para se realizar uma reflexão sobre a reintrodução da tradução em aulas de línguas estrangeiras é a desconstrutivista, cujo fundamento se dá pela percepção dessa prática como transformadora, que apresenta as línguas em contato como complementares e o tradutor como peça central na (re)construção dos significados. A partir de então, a obra apresenta razões funcionais, epistemológicas e pedagógicas para se repensar o uso da tradução no processo de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Em especial, o livro traz uma reflexão sobre a importância de se iniciar um movimento de desconstrução das crenças e mitos sobre o uso da tradução em sala de aula na formação inicial de professores e apresenta dados concretos que comprovam o desenvolvimento da competência linguístico-comunicativa, da competência comunicativa intercultural e da conscientização sobre verdades e realidades e responsabilidade ética do professor através do uso da tradução.