O Prêmio Nobel foi criado pelo químico e inventor sueco Alfred Nobel (que concebeu, entre 355 invenções patenteadas, a dinamite) por meio de testamento lavrado em 1895, um ano antes de sua morte, para ser anualmente atribuído nas categorias Literatura, Física, Química, Medicina e contribuição para a paz mundial. A partir de 1968, por iniciativa do Banco Central da Suécia, foi criado o Prêmio de Ciências Econômicas, que, embora não esteja vinculado à Fundação Nobel, é considerado o Nobel de Economia. Anunciados sempre no início de outubro, os prêmios são entregues no dia 10 de dezembro, data da morte de seu criador. Nos termos do testamento de Alfred Nobel, o prêmio de Literatura, certamente o que causa sempre maior polêmica todos os anos, é organizado por um comitê da Academia Sueca eleito entre os dezoito titulares vitalícios da Casa para um mandato de três anos. As indicações para o prêmio são feitas à Academia por pessoas, entre elas os laureados, e entidades, de todo o mundo, qualificadas pelo comitê do Nobel. Em setembro a Academia analisa os nomes indicados e no início de outubro, em votação secreta, escolhe o vencedor. O Prêmio Nobel já contemplou 107 escritores, 78 europeus. A América Latina só foi laureada seis vezes: com os chilenos Gabriela Mistral (1945) e Pablo Neruda (1971), com o guatemalteco Miguel Ángel Astúrias (1967), com o colombiano Gabriel García Márquez (1982), com o mexicano Octavio Paz (1990) e em 2010, com o peruano Mario Vargas Llosa. O único escritor em língua portuguesa laureado foi o português José Saramago (1997).