É o laço, a arapuca É a dor que permeia. Pontada na nuca O sangue na veia. É o gosto na boca O acro perfume É a alma oca O som do queixume. É o verbo que fere A voz embargada A mão que sugere A força da espada. É o sonho desfeito O não do querer Um brilho suspeito Do olhar que não vê. É o mal que judia O amor intemente A lenta agonia Que o coração sente. É a paixão que entorta É o sofrer agudo No vão desta porta O nada... E o tudo!