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Todo mundo é igual?

Todo mundo é igual?

Sinopse

A reivindicação social crescente de despatologização repercute sobre todo o campo da psicose e do autismo. Sensíveis à importância de superar o estigma patologizante que impõe barreiras à inserção social dos indivíduos portadores de sintomas psicóticos e autistas, buscamos fazê-lo sem negligenciar a particularidade do sofrimento psíquico que os acomete. É fundamental evitar que a despatologização apressada não termine por desencorajar a clínica do autismo e da psicose. A diferença característica da estrutura subjetiva desses indivíduos não pode ser apagada por discursos identitários, conduzidos por uma perspectiva sociológica diversitária, muitas vezes bem-intencionados, mas mal-informados sobre a experiência psicanalítica. O avanço da reivindicação democrática na cena social caminha para a radicalização do igualitarismo. Não terminará por configurar um impasse para a clínica e a prática da psicanálise na cultura contemporânea? Ao longo das páginas deste livro, diferentes psicanalistas sustentam que a clínica psicanalítica, com o devido discernimento, não deve negligenciar essa distinção, atualizando-a à luz dos fenômenos clínicos mais típicos da contemporaneidade.