Na sociedade da chamada revolução microeletrônica, a experiência formativa se arrefece, ao mesmo tempo em que se destaca a hegemonia do conhecimento obtido às pressas e que é dificilmente memorizado, sobretudo porque não há o tempo necessário para que as informações sejam ressignificadas, a ponto de serem efetivamente experimentadas. A despeito das aproximações e distanciamentos ocorridos entre os pensadores frankfurtianos sobre o conceito de experiência formativa, é notório o fato de que todos eles utilizaram conceitos filosóficos e sociológicos como fundamentos teóricos necessários para o entendimento das metamorfoses históricas desse conceito. À luz das intervenções elaboradas pelos pensadores frankfurtianos, os autores dos capítulos deste livro têm como objetivo comum refletir sobre a atualidade da experiência formativa, manifestada em diversas temáticas, quer seja pela ênfase na sua dimensão filosófica, quer seja pelo foco de análise nos seus aspectos sociopolíticos.
Este livro é resultado dos projetos de pesquisa, de várias regiões do nosso país e do exterior, que têm como objetivo principal analisar as contribuições dos autores frankfurtianos para o entendimento das manifestações da cultura e da educação contemporâneas. Os textos que compõem esta obra foram apresentados no VII CongressoInternacional de Teoria Crítica: Natureza, sociedade: crises, realizado na Unicamp, em setembro de 2010, e com os apoios da Fapesp, Capes e CNPq, sendo uma produção do Grupo de Estudos e Pesquisas: "Teoria Crítica e Educação". Trata-se de mais um livro que possibilita ao leitor o contato com trabalhos que não só utilizam os referenciais teóricos de autores consagrados, tais como Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e Herbert Marcuse, como também revitalizam, por meio de suas temáticas instigantes, a gama de conceitos apresentados pelos pensadores frankfurtianos.