Muitas igrejas medem e divulgam seu sucesso e penetração pelo crescimento numérico, o que faz com que muitos obreiros trabalhem com os olhos voltados para alvos, metas que deverão ser alcançadas num determinado período, assemelhando-se a grandes empresas inseridas no mercado capitalista. Em decorrência, muitos adeptos são batizados e, grande parte deles, não tem propriedade para dizer como o apóstolo: "sei em quem tenho crido" (2 Tm 1:12). Outra consequência do predomínio da quantidade sobre a qualidade no que se refere ao trabalho de evangelização é a grande rotatividade dos adeptos. A transição de uma igreja para outra, fruto do descontentamento com líderes, formas de culto, expectativas não correspondidas, intrigas entre a irmandade e outras razões, promovem uma espécie de trânsito religioso que revela a crença de que Deus é flexível e pode se adaptar ao estilo de vida de cada fiel. Essa crença, aliada ao desejo de sucesso pessoal e financeiro, tem levado inclusive ao surgimento de inúmeras igrejas, cujos fundadores, em grande parte, são dissidentes de outras denominações mais tradicionais.