O trabalho hermenêutico sobre a Teologia da Libertação e a partir dela tem, acreditamos, tarefas longas. Inserimos, nestas, nossa pequena contribuição, com a hipótese de que a referida teologia não é uma teologia moderna afora seu caráter temporal, e está para além da racionalidade teológica moderna. Comunica-se com a teologia moderna sem ter, no seu interior, as mesmas referências. Do homem moderno, vai ao pobre do Evangelho. Da sociedade individualista, vai ao Povo de Deus. Da liberdade autocentrada, vai à liberdade referida a Deus e ao outro. Da imanência que nega Deus, vai à imanência que encontra Deus na transcendência da própria vida, no Pai, que funda a liberdade, no Filho, modelo do homem livre, e no Espírito, que confere a santidade da liberdade no ser humano. Tal é o nosso foco.