Como comunicar a fé cristã numa sociedade que não demonstra confiança em valores absolutos? Como expressar significativamente a espiritualidade quando o "crer" no que transcende não é fundamental? O que é indicado como prática pastoral quando não se acredita no próprio homem, e, o discurso religioso não fala mais ao "coração" e por isso, não produz mais adesão completa? Na atual conjuntura deve-se buscar novas formas de afirmar a fé, refinando-a para torná-la disponível e sem impedimento algum ao ratio veritatis. A teologia deve encontrar os ruídos que impedem o homem de ouvir a mensagem cristã, vencer os obstáculos criados à aceitação desta proclamação e estabelecer diferenças quanto à natureza da fé e do conhecimento científico. Tendo em vista a indicação para se promover corretamente uma prática pastoral evangelizadora, faz-se necessário o equilíbrio entre os discursos da ciência – para muitos a atual norteadora de valores e "senhora" da verdade social e ulterior – e o discurso teológico-antropológico da comunidade de fé. Levando em consideração a distinção necessária entre fé e a expressão desta fé – propondo uma nova abertura dialogal e um sadio enfrentamento face ao mundo contemporâneo com vistas à prática pastoral e plena evangelização. Tal linguagem tem como objetivo impedir a avalanche ateística que provoca acelerada degenerescência do significado da mensagem cristã na atualidade.