Este livro trata das guerras esquecidas da Primeira República (1889-1930), um dos períodos mais explosivos da história do Brasil, com foco na Revolução dos Tenentes (1924) e presença dos rebeldes paulistas no Oeste do Paraná, onde se instalaram após abandonar a capital paulista. E na Coluna da Morte e de seu comandante, o legendário tenente João Cabanas.
O autor revela o entrelaçamento das guerras desse período, desde a Revolução Federalista (1893-1895), Guerra do Contestado (1912-1916), Revolução dos Tenentes, a guerra dos índios Kaingangs (1923) no Paraná, até a guerra dos militares à legião de jagunços de Fabrício Vieira (1927), poderoso caudilho da zona do Contestado.
A Serra dos Medeiros, Formigas e Catanduvas, no Paraná, foram palco de grandes batalhas entre militares legalistas e rebeldes. A Coluna da Morte provocou fogo amigo, desestabilizou batalhões e semeou pânico entre os inimigos. João Cabanas aplicou, pela primeira vez no Brasil, princípios de guerrilha, com uso de metralhadoras e estratégia de movimentos. Em pequenos grupos, fazia ataques de surpresas com recuos rápidos para desestabilizar o inimigo.
Quando se formou a Coluna Prestes, João Cabanas ficou fora por divergir da estratégia de Luiz Carlos Prestes. E exilou-se nos países vizinhos.
A coragem do tenente e suas façanhas espetaculares no Paraná permaneceram na mente do povo da região e do interior de S. Paulo. Seu nome foi cantado em prosa e versos e povoou o imaginário de várias gerações.