Usando a máxima de Antônio Candido de que "o tempo é o tecido da vida", a autora traz por meio de crônicas e textos, a dimensão transitória da existência e nos convida a pensar sobre como utilizamos o tempo entre o nosso nascimento e a nossa morte. Além disso, oferece reflexões acerca da infância, maternidade, adolescência, envelhecimento, parentalidade e amor. Na segunda metade do livro, o leitor encontrará textos escritos ao longo do período pandêmico, quase que como um registro histórico de um tempo tão adverso.
A qualidade das relações, os afetos e o laço social talvez sejam poderosos recursos para lidar com tempo que parece nos engolir e a condição de desamparo que nos habita. As vivências e experiências da autora na área da psicanálise servem de apoio no desenrolar das ideias e convidam o leitor à reflexão.