Uma tristeza profunda estava tomando conta de mim. Há menos de um ano eu estava fugindo da corrupção enfronhada no ambiente de trabalho, na política e achava que minha família era íntegra e a Fazenda Corradine um paraíso. Agora toda a decepção me atingia friamente. Assassinatos, roubos, negociatas e muita hipocrisia. Como seria o futuro, será que ainda ficaria livre de todos esses meandros da corrupção, uma verdadeira teia que parece envolver e grudar de modo pegajoso. Mal havia percorrido dois quilômetros do último sítio, vi uma Mercedes Benz, preta, um monumento para os olhos... O carrão estava parado num lugar que se poderia descrever como nenhum lugar com ligação para lugar nenhum... Ao me aproximar, percebi que uma mão acenou pela janela do lado direito... E se fosse a consumação da prometida vingança dos Viana...Quando me aproximei, a porta do carrão se abriu e dele saiu o que menos estava esperando naquela situação.