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Teia Materna

Teia Materna

Sinopse

A culpa é sempre da mãe, como dizem alguns freudianos? "Quem nunca desejou um ser humano só pra si?", escreve Clarice. Ser mãe/mulher? Como viver estes dois papéis que se entrelaçam, mas ao mesmo tempo se contrapõem? Ninguém é mãe, idealmente, como gostaria de ser, mas com toda bagagem e sintoma que traz de sua história enquanto filha. Este livro trata além da ambivalência do amor materno, uma tessitura de amor e ódio — amódio, segundo Lacan, quando há uma passagem ao ato. O amor materno no exercício da tirania sem culpa, como na literatura e no cinema. Pensar nesta questão tão incômoda, mas imprescindível na clínica psicanalítica com criança, é tratar o sintoma materno fundamentalmente para que este não seja um obstáculo inconsciente ao tratamento do filho. Como diz Jacques Derrida: "Transpor o impossível para além da soberana crueldade".