O fim de um relacionamento, um golpe de Estado anunciado, um personagem que tenta se reconstruir podem ser a motivação para fechar a porta de casa e pôr o pé na estrada?
Tegucigalpa é um dos destinos no roteiro de uma viagem solitária para o personagem que idealiza essa cidade desde sua adolescência, traçando um percurso desde o Mexico, numa busca pessoal, por caminhos que se completam com as lembranças que a memória traz enquanto segue explorando as estradas que unem os diversos países da América Central e que também conduzem à capital de Honduras, um lugar há muito sonhado, a sua Pasárgada, um Shangri-La que ele desejava encontrar, o lugar mítico para a transcendência dessa jornada. Num roteiro com relatos de descobertas, de pessoas, de questionamentos, constatações, aprendizado e de recordações pessoais que se misturam enquanto ele tenta redescobrir a sua essência em meio a essa aventura. O caminho cria o mapa físico e emocional, a topografia que conduz essa narrativa, construindo um quebra-cabeça em que as peças são unidas por um diário de bordo que revela História, culturas, pessoas, países, cidades, vulcões, lagos, rios, florestas e vestígios de civilizações ancestrais da América Central e México.
Talvez esse seja um caminho para chegar a Tegucigalpa, a cidade protegida pelas antigas Montanhas de Prata, a moradia perdida dos maias. Talvez sejam motivações para continuar na estrada...