Umas poucas palavras... Desde que li pela primeira vez, em 1985, aos 13 anos, uma coletânea do Raio Negro pela Editora Grafipar, fiquei vislumbrado e ao mesmo tempo cheio de perguntas. Afinal, pela primeira vez, lia um Super-Herói Brasileiro, onde se via o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar em Hq do gênero, e não New York, como nas Hqs do Homem-Aranha. Também conheci mais tarde outros heróis, como Mylar, Judoka, Fantasticman, etc. Ai sim, pude perceber o que nossos heróis não tinham dos congêneres Norte-Americanos: O politicamente correto! Isso porque nas aventuras dos super-brazucas, se exibiam mulheres voluptuosas, em alguns casos, seminuas e heróis que desintegravam, sem remorso, os vilões. Até então uma forma original e inédita de ver e se fazer Super-Heróis. Estava aí nossa identidade. Esse livro não pretende unicamente ser uma compilação das 2 edições da revista digital Quadrinhos em Ação. Ela também pretende resgatar os nossos heróis, tão esquecidos por sua pátria e apresentar matérias, entrevistas e resenhas. O leitor perceberá que, se nos idos dos anos 60, os super-brazucas eram copiados dos gringos - por imposição do editor- hoje, eles gozam de originalidade e brilho próprio, por conta do talento de nossos artistas. Estes também podem se chamar de Super-Brazucas . Carlos Henry