Em Sua Excelência, de corpo presente, romance do angolano PEPETELA, o protagonista, narrador da história, é um ditador africano morto, deitado em seu caixão. Durante seu próprio velório, ele vê, ouve e observa os que estão ali para se despedir dele. Passa, então a recordar as histórias vividas com os presentes – familiares, amigos, auxiliares, membros de governos dentre outros. Com suas memórias, a personagem revela a estrutura do poder político, o nepotismo, os abusos, as estratégias e ações de um regime ditatorial. Mesmo morto, o ditador não deixa de tentar controlar a sua sucessão através do seu espião-de-um-olho-só, que lhe é tão fiel na morte como era em vida. A obra surpreende por sua atualidade e universalidade.