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Soy loco por ti, América!

Soy loco por ti, América!

Sinopse

Autor de mais de quarenta títulos, que alcançaram uma vendagem superior a 5 milhões de exemplares, Marcos Rey (pseudônimo de Edmundo Donato) foi antes de tudo um contador de histórias. Alheio a teorias, coerente consigo mesmo, sabia como raros prender a atenção do leitor e torná-lo parceiro, e cúmplice agradecido, das pequenas e grandes canalhices de seus personagens, como nos sete contos de Soy Loco por Ti, América!Neste, como nos seus demais livros, o grande personagem é a cidade de São Paulo, essa "máquina de moer gente" (João Antonio), cenário da luta implacável pela sobrevivência, envolvendo malandros e solitários, notívagos e angustiados, cada um se virando como pode, em busca de um trocado, de um instante de simpatia, de sexo barato. Uma fauna humana meio grotesca, que o escritor trata com ironia, irreverência, humor cáustico, segundo ele "a melhor forma de apresentar uma crítica". Crítica, a sua, na verdade impiedosa da sociedade moderna, com a sua filosofia de consumismo, o egoísmo implacável, a alienação generalizada, o desespero do mundo noturno, com seus bares e inferninhos, garotas de programa, marginais e desesperados de todos os tipos. A noite é o horário preferido pelos heróis de Marcos Rey para saírem da toca e se revelarem: a fã que surpreende o locutor, madrugada alta; o passeio noturno de um publicitário desempregado; os grã-finos em sua jornada vazia noite adentro, com farto consumo de álcool e lança-perfume. Mas a gente do dia também é fascinante, sobretudo quando se trata de um refinadíssimo vigarista, como o personagem de "A Enguia", ou de um irremediável apaixonado por política ("O Adhemarista"). Qualquer hora é hora para um personagem de conto sobressair quando quem escreve tem as artes, artimanhas e astúcias de Marcos Rey.

Autor

Autor de uma vasta produção de obras literárias e audiovisuais, assumiu o ofício de escrever o tempo todo, e viveu de seus textos e criações. Destacou-se pela qualidade de seus contos e romances – literatura de realismo urbano – captando e recriando a atmosfera da grande cidade e de seus personagens; e a aristocracia, a classe média e a vida noturna. Marcos Rey escrevia como se estivesse filmando o cotidiano e a realidade da metrópole paulistana. Nasceu em São Paulo em 1925, e desde a infância era um inveterado leitor. Publicou seu primeiro conto aos 16 anos no jornal Folha da Manhã, já usando o nome "Marcos Rey" (Edmundo Donato era seu nome verdadeiro). Seu primeiro romance publicado foi Um Gato no Triângulo , em 1953. Habilidoso e versátil, Rey passou pelos anos 50, 60, 70, 80 e 90 como cronista, contista, roteirista de rádio, televisão e cinema, em programas de humor, rádio-almanaques, novelas e minisséries, e também foi redator publicitário. É autor de uma deliciosa coleção de romances de aventura e mistério para jovens leitores, livros escritos anualmente a partir da década de 1980, como O mistério do 5 Estrelas, O Diabo no Porta-malas e Sozinha no Mundo, entre outros grandes sucessos de público.