Crônicas diversas abordando os mais variados assuntos, com ênfase nas questões amorosas e sociais, às quais todos nós nos encontramos submetidos.
Quando tu fores embora, também embora estarei indo eu; tu para distante de mim; eu para dentro do meu peito, na ânsia insana de ocupar o espaço que deixarás vazio, só assim a dor, que virá morar comigo, não encontrará espaço para se instalar para sempre.
Quando tu fores embora, levarás minha alma contigo, para que outro perjuro não me acenda a luz dos olhos, ao sabor da ingenuidade própria de quem ama.
Entretanto, quando tu fores embora, pelo amor de Deus, seja para sempre: nunca mais voltes para mim, porque me encontrará alquebrado: os cabelos brancos, o peito dilacerado, os olhos vazados de tanto chorar.
Tão decidida estavas ao me deixar, sem compaixão alguma, nem percebestes que eu morria, quando tu fostes embora.