Fazer sonetos por si só é uma arte. Estabelecer sonetos num grito solitário do estilo gótico deixa ainda mais intrigante esta paixão pela literatura. A Idade Média fascina por seus castelos, igrejas e cemitérios. A arquitetura desta época deslumbra os melodramáticos. As histórias escondidas em símbolos criam personagens venerados em todos os tempos. A psicologia desenhada em versos cria cenários de terror e paixão, muitas vezes não correspondida. Fantasmas que atormentam e amaldiçoam o amor sobrenatural dos amantes escondidos. O sobrenatural vem à tona e recria fantasmas que sorrateiramente se arrastam na escuridão. Vampiros milenares que se alimentavam de saudades e paixões. Paixões que sustentam alegrias e tristezas em espaços restritos o tempo. O poder inerte que não pôde desfazer situações que a historia os colocou. A mocinha, dona da pureza e sexualidade aguçada. Esta criado um hemisfério de realidade e ficção. Desde o século XVIII e inicio do século XIX uma legião de pessoas consumiram esta literatura de forma obsessiva. Na atualidade, os amantes do mundo gótico ainda reconstroem o fascínio pela liberdade de pensar e viver intensamente amando e sofrendo, mas intensamente. Os sonetos aqui apresentados têm conotação da literatura gótica. As nuances inevitáveis de poder, solidão, sofrimento e falta de esperança para reencontrar o amor e a alegria de viver. A inércia e desolamento, a falta de forças para reagir e ao mesmo tempo em que fantasia o sobrenatural. A obra é totalmente de ficção, entretanto, faz o leitor pensar em muitos momentos o seu estado de letargia em detrimento à vida. A composição dos sonetos em muitos momentos é irregular. Não houve preocupação com o desempenho métrico, mas na composição da mensagem, que muitas vezes aparece no entrelaçamento e nas entrelinhas ou mesmo na possível imaginação do leitor na continuação da trama exposto no soneto. GL Caper