Era para ser um simples café da manhã com seu filho. Havia anos que Anne não
aparecia em sua cidade natal, então quis aproveitar a visita para apresentar sua
cafeteria favorita a John, seu filho de nove anos. Mas apesar do dia estar bem
agradável, havia um receio no coração de Anne. Só conseguiu finalmente marcar
aquela viagem para passar o Natal na casa de seus pais, depois de se certificar várias
vezes que seu ex-namorado não estaria na cidade. Ela estava sentada aguardando o
filho que estava na fila para ser atendido, quando uma ligação roubou sua
atenção.Como em todas as manhãs Paul parou na cafeteria para comprar seu
cappuccino de sempre, antes de seguir para o trabalho. Estava um tanto atrasado
então precisava fazer o seu pedido o mais rápido possível, mas acabou se distraindo
quando ouviu o menino, que estava a sua frente na fila, pedir um cappuccino com um
extra de canela. A atendente brincava com o garoto dizendo que não era comum
crianças gostarem de canela e o menino respondeu que gostava do café daquele
modo por causa de seu pai. Paul, admirado com o garoto, se intromete na conversa
dizendo que gosta de cappuccino também com extra de canela. Quando o menino se
vira para ver quem estava falando, Paul fica extremamente assustado. O menino tinha
a mesma fisionomia que ele na infância. O garoto feliz responde que Paul era a
primeira pessoa que ele conhecia que também gostava de cappuccino com muita
canela. Paul intrigado pergunta: "Mas e seu pai?" e o menino responde envergonhado:
"Eu não conheço meu pai! Foi minha mãe quem me contou." Paul, agora já um tanto
confuso, pergunta para o garoto onde estava sua mãe. O menino aponta para uma
mesa ao fundo do salão e lá está ela. Anne, a namorada que Paul procurou durante
anos de sua vida. Ela havia fugido sem nenhuma explicação. Agora retornava com um
filho, que parecia muito com ele.