Sofia, que em grego significa sabedoria, começa por compartilhar com os netos Marcia e Lucas as atrocidades de que foi vítima na infância, durante a Segunda Guerra Mundial, por ser judia. Porém, cheia de ternura, própria dos avós, conduz os netos pela aventura dos Direitos Humanos. Conversando, faz com que travem contato, capítulo a capítulo, com os diferentes direitos, começando pelo mais elementar, o direito de ter direitos. As histórias que Sofia tem necessidade de contar são como sementes de tâmaras, à espera do plantio, na direção de um mundo melhor, uma vez que educar para os Direitos Humanos é uma tarefa grávida de amanhãs que deposita a esperança num tempo que não será vivido, entregando aos netos os segredos dos sofrimentos passados quando ainda criança. A experiência terrível de duas grandes guerras, como ensina Sofia, cria as condições para que se eduque para uma cultura de paz. No espaço de ficção, criado por Francisco Cordeiro e Maria Geralda de Miranda, as muitas histórias de Sofia fazem sementes de tâmara, presentes na vivência das crianças – de seus netos e de todas as demais crianças que, de forma tão espontânea, haverão de incorporar os valores de um mundo de harmonia, onde haja sol e trabalho para todos, pão e educação para todos, água e respeito e justiça para todos.