As leis da física têm produzido consequências imensas na evolução da humanidade. Elas procuram descrever com precisão todos os fenômenos naturais em seu nível mais fundamental. "Sobre as leis da física" interessa a leitores de diferentes áreas porque suscita reflexões sobre conceitos muito importantes e gerais, tais como: já descobrimos a maioria das leis? São elas imutáveis? Que relação têm com a matemática? Obedecem à reversibilidade do tempo? Como tiramos proveito dos princípios de conservação e das leis de simetria? Como passado e futuro se relacionam com a organização dos sistemas físicos? Como o caráter quântico da natureza se expressa em leis probabilísticas? Ninguém melhor do que Feynman para guiar o leitor nessas reflexões. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1965 e foi excelente professor. Suas análises sobre as leis da física são profundas, mas apresentadas com bom humor e simplicidade. Exemplos e analogias criativas não lhe faltam. A linguagem usada neste livro é coloquial e advém de palestras proferidas na Universidade de Cornell. Durante sua estada no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no início da década de 1950, Feynman preocupou-se também com o precário ensino de física básica no país e redigiu um documento com suas críticas. Feynman argumenta que "a ciência só é útil se nos diz algo sobre experimentos que ainda não foram feitos". É uma maneira clara de justificar a busca constante, pelos físicos, de leis cada vez mais precisas e abrangentes. Acrescente-se que o texto, tão atual quanto na época em que foi escrito, foi bem traduzido e revisto por professores experientes. Sua leitura é particularmente recomendada como complemento a cursos de graduação. Enio F. da Silveira Professor do Departamento de Física da PUC-Rio Richard Philips Feynman (1918-1988) foi o mais importante físico americano da história. Trabalhou em Princeton, em Cornell e no Caltech, na Califórnia. Durante a Segunda Guerra Mundial participou do ultrassecreto Projeto Manhattan, que levou à construção da primeira bomba atômica. Em 1959 introduziu o conceito de nanotecnologia, apontando para a possibilidade de manipular a matéria em escala atômica. Desenvolveu a teoria da eletrodinâmica quântica, que unificou o eletromagnetismo, a mecânica quântica e a teoria da relatividade restrita e lhe valeu o Prêmio Nobel em 1965. Deu inúmeras outras contribuições relevantes em diversas áreas, como a física de partículas, a teoria das interações fracas e a superfulidez do hélio líquido. Foi considerado um dos grandes professores de física em todos os tempos.