A presente obra, fundamentada na Teoria Crítica da Sociedade, é uma provocação reflexiva sobre o processo formativo em curso, especialmente pela denúncia do projeto de uma educação eminentemente adaptativa e fundamentalmente instrumental. O texto busca uma aproximação entre a condição educativa e a possibilidade de uma formação para o pensamento crítico ampliado, em vista da ação social autônoma e responsável. Esses elementos se articulam para diagnosticar, na cultura, os processos alienantes que são próprios do ideal do "progresso", instituído pela sociedade do capital, implícito nos planos de educação neoliberal. A crítica ao processo educativo procura destacar o sentido filosófico do fundamento e da finalidade formativos. Por isso, a exposição dos limites da formação adaptativa ao modelo socioeconômico capitalista é imprescindível. Os problemas educativos não podem recair exclusivamente sobre a pedagogia e a didática. A filosofia precisa ser chamada ao diálogo para aprofundar o diagnóstico sobre o projeto de educação em curso, denunciando não somente os possíveis equívocos do processo, mas os projetos que se ocultam nas políticas públicas que instauram a educação para a subserviência.